Capítulo III
Tudo quanto vem acontecendo de surpreendente nesta pequena esfera terrestre, está em perfeita harmonia com os planos traçados no Alto há perto de dois mil anos, visando à modificação da estrutura terrena, conforme vem sendo divulgado através dos livros do Irmão Thomé́.
A estrutura terrena necessita de certas modificações que a tornem mais apta ao abastecimento de alimentos às suas populações, sendo por isso necessário transformar em superfície adequadas numerosas elevações até agora completamente inúteis.
Com as modificações já iniciadas, serão alargadas de muitos milhares de quilômetros as áreas cultiváveis atualmente em todas as regiões da esfera terrestre, embora as operações programadas para tal fim possam importar na transformação, também, de certas povoações, vilas e cidades florescentes.
Isto ocorrerá, certamente, com algum sofrimento ou desgosto para os habitantes dessas áreas, os quais, entretanto, ver-se-ão largamente compensados de seus prejuízos materiais ou sofrimentos morais.
Partindo do princípio imutável de que os seres humanos não são donos da Terra em que habitam transitoriamente, mas apenas hóspedes durante os anos de sua encarnação, é necessário que todos se capacitem desta verdade para se prenderem menos ao solo em que se encontram do que à grandeza do Espírito, que é tudo quanto de importante possuem.
Assim sendo, não deve ter maior importância o fato de os seres humanos assistirem na presente encarnação aos acontecimentos que devem registrar-se ainda neste fim de século, se tudo quanto vier a acontecer obedece a um só e único objetivo: melhorar as condições da vida humana na esfera terrestre.
Terremotos, inundações ou outra espécie de acontecimentos são consequências e não causas dos trabalhos em andamento no interior da esfera, nos quais se encontram empenhados muitos milhares ou mesmo milhões de seres espirituais de várias categorias.
Em face disto, o que mais deve interessar aos seres humanos da era presente, é o exame que deve cada um fazer de suas condições espirituais, isto é, do estado moral em que se encontram perante a Divindade, relativamente ao seu comportamento para com o próximo, se desse comportamento não resultará um possível enegrecimento da sua aura, o que acontece com a prática de ações menos dignas ou menos justas em sua vida de relação.
Se isto fizerem, se ao fim do exame a que procederem, chegarem à conclusão de que vêem agindo corretamente, dentro daquele sábio princípio enunciado pelo Cristo, “não fazer aos outros senão o que desejam que os outros lhes façam”, se concluírem que é assim mesmo que procedem, então, é o caso de lhes dizer que ponham o coração ao largo e não se impressionem com os fatos que ocorrerem à sua volta, porque tudo quanto suceder na Terra o será para o bem de todos.
Este aspecto da mudança na estrutura terrena não me chama tanto a atenção, mesmo que eu tenha conhecimento de terremotos e tsunamis que acontecem em locais distantes do Brasil. Mas posso entender essa falta de compreensão sobre o que está acontecendo e a cognição não consegue captar com tanta facilidade, pois as verdades espirituais, tão bem explicadas por Jesus e com tantos benefícios para nós individualmente e para a coletividade também não são facilmente captadas por nossa cognição.
No livro escrito pelo Espírito Humberto de Campos (pseudônimo Irmão X) pela psicografia do médium Chico Xavier, encontrei um texto (capítulo 17) que chamou minha atenção para reforço de minha narrativa pessoal. Vejamos...
Em Jerusalém, nos arredores do Templo, adornada mulher encontrou um nazareno, de olhos fascinantes e lúcidos, de cabelos delicados e melancólico sorriso, e fitou-o estranhamente.
Arrebatada na onda de simpatia a irradiar-se dele, corrigiu as dobras da túnica muito alva, colocou no olhar indizível expressão de doçura e, deixando perceber, nos meneios do corpo frágil, a visível paixão que a possuíra de súbito, abeirou-se do desconhecido e falou, ciciante:
- Jovem, as flores de Séforis encheram-me a ânfora do coração com deliciosos perfumes. Tenho felicidade ao teu dispor, em minha loja de essências finas...
Indicou extensa vila, cercada de rosas, à sombra de arvoredo acolhedor, e ajuntou:
- Inúmeros peregrinos cansados me buscam à procura do repouso que reconforta. Em minha primavera juvenil, encontram o prazer que representa a coroa da vida. É que o lírio do vale não tem a carícia dos meus braços e a romã saborosa não possui o mel de meus lábios. Vem e vê! Dar-te-ei leito macio, tapetes dourados e vinho capitoso... Acariciar-te-ei a fronte abatida e curar-te-ei o cansaço da viagem longa! Descansarás teus pés em água de nardo e ouvirás, feliz, as harpas e os alaúdes de meu jardim. Tenho a meu serviço músicos e dançarinas, exercitados em palácios ilustres!...
Ante a incompreensível mudez do viajor, tornou, súplice, depois de leve pausa:
- Jovem, por que não respondes? Descobri em teus olhos diferente chama e assim procedo por amar-te. Tenho sede de afeição que me complete a vida. Atende! Atende!...
Ele parecia não perceber a vibração febril com semelhantes palavras eram pronunciadas e, notando-lhe a expressão fisionômica indefinível, a vendedora de essências acrescentou um tanto agastada:
- Não virás?
Constrangido por aquele olhar esfogueado, o forasteiro apenas murmurou:
- Agora, não. Depois, no entanto, quem sabe?!...
A mulher, ajaezada de enfeites, sentindo-se desprezada, prorrompeu em sarcasmos e partiu.
Transcorridos dois anos, quando Jesus levantava paralíticos, ao pé do Tanque de Betesda, venerável anciã pediu-lhe socorro para infeliz criatura, atenazada de sofrimento.
O Mestre seguiu-a se hesitar.
Num pardieiro denegrido, um corpo chagado exalava gemidos angustiosos.
A disputada mercadora de aromas ali se encontrava carcomida de úlceras, de pele enegrecida e rosto disforme. Feridas sanguinolentas pontilhavam-lhe a carne, agora semelhante ao esterco da terra. Exceção dos olhos profundos e indagadores, nada mais lhe restava da feminilidade antiga. Era uma sombra leprosa, de que ninguém ousava aproximar-se.
Fitou o Mestre e reconheceu-o.
Era o mesmo mancebo nazareno, de porte sublime e atraente expressão.
O Cristo estendeu-lhe os braços tocado de intraduzível ternura e convidou:
- Vem a mim, tu que sofres! Na Casa de meu Pai, nunca se extingue a esperança.
A interpelada quis recuar, conturbada de assombro, mas não conseguiu mover os próprios dedos, vencida de dor.
O Mestre, porém, transbordando compaixão, prosternou-se fraternal, e conchegou-a de manso...
A infeliz reuniu todas as forças que lhe sobravam e perguntou, em voz reticenciosa e dorida.
- Tu?... O Messias nazareno?... O Profeta que cura, reanima e alivia?!... Que vieste fazer, junto de mulher tão miserável quanto eu?
Ele, contudo, sorriu benevolente, retrucando apenas:
- Agora, venho satisfazer-te os apelos.
E recordando-lhe as palavras do primeiro encontro, acentuou, compassivo:
- Descubro em teus olhos diferente chama e assim procedo por amar-te.
Excelente lição. Uma forma profunda de amar. Se eu estivesse no lugar do Mestre no primeiro encontro, é bem provável, se meus impulsos instintivos não sofressem bloqueio de nenhum tipo, eu teria aceito o convite da Mercadora de Aromas e teria gozado com ela dos prazeres corporais, mesmo que eu tivesse todo o cuidado de não violar a principal lei que o Cristo ensinou: “amar ao próximo como a si mesmo”; “fazer ao outro aquilo que deseja que os outros façam a ti”.
Mas o Mestre se encontra num grau bem mais evoluído que o meu, Ele vislumbrou que o prazer que Ele iria ter naquele momento com a Mercadora, significava um pequeno intervalo de tempo que Ele teria dentro do pouco tempo que Ele teria para realizar a missão. Iria criar um laco que poderia atrapalhar o sucesso de sua missão. Portanto, no segundo momento, Ele teve oportunidade de mostrar a qualidade do amor que estava ensinando, que não está simplesmente acoplado aos prazeres corporais.
Mas acredito que eu esteja procurando seguir esses passos...
Emmanuel, mentor espiritual de Chico Xavier, fala em texto psicografado pelo médium, da influência moral do meio.
INFLUÊNCIA MORAL DO MÉDIUM E DO MEIO
Se tu decides efetivamente a imunizar o coração contra as influências do mal, é necessário te convenças que todo minuto é chamamento de Deus à nossa melhoria e renovação;
Que o melhor processo de receber auxílio é auxiliar em favor de alguém;
Que a paciência é o principal ingrediente na solução de qualquer problema;
Que não existem pessoas perversas e sim criaturas doentes a nos requisitarem amparo e compaixão;
Que ninguém sabe sem aprender e ninguém aprende sem estudar;
E que em suma, nos basta pedir aos céus, através da oração, para que baixem à Terra, mas também cooperar, através do serviço ao próximo, para que a Terra se eleve igualmente para os Céus.
Somos todos médiuns, de alguma forma, em intercambio constante, sendo mais fácil com a dimensão material onde estamos encarnados e não temos a memória da dimensão espiritual de onde viemos, mas a intuímos de alguma forma, sendo a prece a mais eficaz forma de conexão.
A influência do mal é resultado da ignorância em nossa consciência. Nossos irmãos que aprenderam a progredir dentro do campo material, usando toda a inteligência dentro do progresso animal, sem ter conhecimento da existência do mundo espiritual e do progresso que é preciso acontecer dentro dele.
Nós que já tivemos o conhecimento do Caminho da Verdade, ensinado pelo Mestre Jesus, para construir moralmente o Reino de Deus e vivermos dentro dele como cidadãos, passamos a ter a obrigação de levar esse conhecimento para os nossos irmãos que estão cegos do entendimento da Verdade e escravo dos pecados.
Aquela pessoa perversa que tanto mal causa a tantos, onde encontramos tantos espalhados por nosso Brasil, em cargos de poder, estes são devidamente considerados como pessoas doentes, necessitados de nossa compaixão e misericórdia, necessitados por mais orações para que elas consigam enxergar a Verdade que está ao seu lado.
Esta é mais uma lição das muitas que recebemos.
Vou transcrever neste espaço algumas críticas que são feitas sobre o Cristianismo para que possamos colocar nossas reflexões.
REFUTAÇÃO AO DANIEL GONTIJO: O CRISTIANISMO é uma FARSA?
Por Emerson de Oliveira em 23/05/2025
Em mais um vídeo palpiteiro Daniel Gontijo vem alegando bobagens. Vamos fazer uma refutação ponto a ponto.
Daniel Gontijo, em seu vídeo intitulado "O Cristianismo é uma Farsa?", apresenta diversas críticas ao cristianismo histórico, à revelação dos evangelhos e à doutrina cristã tradicional. Este artigo visa responder de maneira fundamentada a cada uma dessas questões, demonstrando uma solidez histórica e teológica da fé cristã.
[00:37–01:16] – "Nenhum dos Evangelhos foi escrito por apóstolos ou testemunhas oculares"
Alegação: Os evangelhos foram escritos muito tempo depois, por autores anônimos e que não conviveram com Jesus.
Refutação: Essa é uma hipótese da alta crítica , mas não é consenso. Embora os evangelhos tenham sido compostos algumas décadas após os eventos, há fortes evidências internas e externas de autoria tradicional:
Evangelho de Marcos: Papías (séc. I–II), citado por Eusébio, afirma que Marcos escreveu baseado nas memórias de Pedro.
Lucas: O prólogo de Lucas (Lc 1:1–4) segue o estilo historiográfico greco-romano, diminuição baseada em testemunhas oculares.
Mateus: Embora debatido, sua associação com um apóstolo está atestada desde o séc. II (Papías, Irineu).
João: Possui traços internos de testemunho ocular (Jo 21:24) e foi atribuído ao apóstolo João por Irineu , discípulo de Policarpo, que foi discípulo do próprio João.
Estudos como os de Richard Bauckham (Jesus and the Eyewitnesses) argumentam que a cultura judaica da época valorizava a memória oral precisa, especialmente em comunidades religiosas. Além disso, os Evangelhos contêm detalhes específicos de lugares, trajes e figuras políticas que só poderiam ser conhecidas por quem vivia na Palestina do século I.
Portanto, a distância temporal não invalida automaticamente a historicidade das narrativas.
Fontes:
Richard Bauckham, Jesus e as Testemunhas Oculares (2006)
Craig Blomberg, A confiabilidade histórica dos Evangelhos (2007)
[01:54–02:30] – "Evangelho de João tem apenas 10% de reposição histórica"
Alegação: João tem pouca substituição e seria pura teologia.
Refutação: A afirmação de "10%" é arbitrária e sem base em consenso científico. Apesar de João conter teologia desenvolvida, descobertas arqueológicas e paralelos históricos confirmam detalhes específicos, como:
Piscina de Betesda (Jo 5:2), confirmada arqueologicamente.
Condenação por parte de Caifás e Pôncio Pilatos, presente também em fontes externas (Flávio Josefo, Tácito).
Essa divisão entre “Jesus humano” nos sinóticos e “Jesus divino” em João é uma visão simplificada. Em Mateus, por exemplo, Jesus é chamado de “Emanuel” (Deus conosco) e é adorado como divino pelos discípulos (Mt 14:33). Em Lucas, Jesus perdoa pecados (Lc 5:20-24), algo que, no contexto judaico, era prerrogativa exclusiva de Deus.
João, embora teologicamente mais desenvolvido, pode ter preservado tradições antigas sobre a consciência de Jesus sobre si mesmo. A fórmula do “Filho de Deus” já estava presente nas confissões das primeiras comunidades cristãs e reflete uma crença emergente muito antes de João escrever seu Evangelho.
Portanto, a ideia de que João é apenas teologia sem fundamento histórico é contestada por muitos especialistas, inclusive judeus e agnósticos como Geza Vermes e EP Sanders.
Fontes:
DA Carson, O Evangelho Segundo João (1991)
Craig Keener, O Evangelho de João: Um Comentário (2003)
[03:07–03:41] – "Só no Concílio de Niceia (325) Jesus foi considerado Deus"
Alegação: A revelação de Jesus foi oficializada apenas no Concílio de Niceia.
Refutação: Essa é uma meia-verdade. O Concílio formalizou uma doutrina já amplamente crida e discutida desde o século I:
As cartas de Paulo (1Co 8:6; Fp 2:6-11) já identificam Jesus com Deus.
O Evangelho de João (Jo 1:1) declara: “O Verbo era Deus”.
Cartas patrísticas anteriores a Niceia, como Inácio de Antioquia (início do séc. II), chamam Jesus de "nosso Deus".
É verdade que havia pluralidade de visões sobre Jesus no primeiro século, mas isso não significa que todas fossem igualmente válidas ou representativas da fé original. As cartas de Paulo, escritas entre 50-60 dC, já mostram uma crença consolidada na ressurreição de Jesus e em sua natureza messiânica e salvífica.
O Concílio de Nicéia (325 dC) não “inventou” a divindade de Cristo, mas buscou resolver disputas teológicas que surgiram décadas após o período apostólico. A doutrina da Trindade tem raízes em passagens bíblicas e em reflexões teológicas dos primeiros séculos, e não surgiu ex nihilo nesse concílio.
Assim, houve embora debates, a visão trinitária não foi uma invenção arbitrária, mas sim uma manifestação de expressão de forma coerente a experiência da presença divina em Cristo.
Fontes:
Larry Hurtado, Senhor Jesus Cristo (2003)
Richard Bauckham, Jesus e o Deus de Israel (2008)
[06:04–06:41] – "1 João 5:7 é uma interpolação"
Alegação: O trecho trinitário em 1Jo 5:7 foi uma adulteração posterior.
Refutação: Correto, esse trecho específico é considerado uma interpolação (Comma Johanneum) ausente nos manuscritos gregos mais antigos. No entanto:
A doutrina da Trindade não se baseia apenas nesse versículo. Ela é construída a partir de todo o Novo Testamento, com base nas ações e naturezas atribuídas ao Pai, ao Filho e ao Espírito.
Fontes:
Bruce Metzger, Um Comentário Textual sobre o Novo Testamento Grego (1994)
Millard Erickson, Deus em Três Pessoas (1995)
[06:41–07:55] – "A Bíblia foi adulterada, manipulada com milhares de variações"
Alegação: A Bíblia foi manipulada por escritores com objetivos teológicos.
Refutação: A crítica textual admite muitas variantes , mas:
99% são insignificantes (ortografia, ordem de palavras).
Nenhuma alteração variante doutrinas essenciais da fé cristã.
A existência de mais de 5.800 manuscritos gregos permite comparar e reconstruir com altíssima precisão o texto original.
Fontes:
Daniel B. Wallace, Revisitando a Corrupção do Novo Testamento (2011)
Bruce Metzger e Bart Ehrman, O Texto do Novo Testamento (2005)
Obs: O próprio Bart Ehrman admitiu em entrevistas (como no debate com Daniel Wallace) que as doutrinas centrais cristãs não são afetadas pelas variantes textuais.
[07:55–08:31] – "Bart Ehrman se desconverteu por isso; Bíblia é humana demais"
Alegação: A fé cristã foi abalada por causa das variantes e da humanidade dos textos.
Refutação: A crise de fé de Ehrman foi pessoal e não um consenso entre estudiosos. Vários especialistas, mesmo críticos, continuam afirmando a confiabilidade geral do Novo Testamento.
Exemplo: Craig Evans, NT Wright, Gary Habermas, Ben Witherington III — todos confirmados como variantes, mas mantêm a confiabilidade dos evangelhos.
Crítica ao papel da psicologia e da religião (08:31)
Afirmação: “Mesmo com todas as construções humanas, ainda pode haver espaço para fé e espiritualidade.”
Refutação: Apesar de Gontijo reconhecer a dimensão humana da religião, ele não oferece alternativas ou explicações positivas para o religioso. Estudos de neurociência e psicologia cognitiva sugerem que a tendência religiosa faz parte da estrutura cognitiva humana e pode estar relacionada a padrões evolutivos de busca de sentido e moralidade.
Isso não invalida a fé nem reduz a religião a mero produto psicológico. Muitos filósofos contemporâneos, como Alvin Plantinga e William Lane Craig, defendem que a crença em Deus pode ser racionalmente justificada independentemente de provas empíricas. A ciência pode explicar como a religião surge, mas não necessariamente porque ela surge ou se é verdadeira.
Conclusão
Embora o vídeo de Daniel Gontijo levante questões legítimas sobre autoria, crítica textual e teológica, ele ignora nuances e consensos acadêmicos importantes, além de estudar dados verdadeiros com extrapolações ideológicas, a fé cristã não se apoia em uma versão idealizada da Bíblia, mas sim em fundamentos históricos, destruídos, textuais e teológicos sólidos.
Estes são exemplos de discussões críticas que existem ao redor da existência de Jesus e Seus ensinamentos. Elas partem de diversas narrativa que cada autor possui, afirmando ou refutando determinado trecho em foco. Da mesma forma nós possuímos nossas próprias narrativas que são corrigidas ou afirmadas com o conhecimento das narrativas que surgem ao nosso redor. Dessa forma é que possuo a minha própria narrativa e fico apenas a contemplar o que existe nas outras narrativas, sem me envolver na discussão de afirmar ou negar o que está escrito. Prefiro seguir aproveitando o que é defendido por terceiros para corrigir a minha própria narrativa, seguindo as minhas intenções de fazer a vontade de Deus conforme o ensinamento do Caminho da Verdade ensinado pelo Cristo e assim seguir no meu progressismo espiritual.
Reproduzo aqui um texto de Luis Ernesto Lacombe que mostra a situação no Brasil onde o Senhor está pondo os “olhos” e aguardamos a vinda da Sua justiça.
De militar de alta patente a jornalistas invejados, o bando que chafurda na mentira
É uma era nova e triste. Os acusadores agora estão liberados do ônus da prova. Suas mentiras podem ser mal inseridas em narrativas esdrúxulas, para transformar alvos previamente escolhidos em crimes. As defesas, apegadas aos fatos, despejam provas de verdade, concretas, irrefutáveis, e mais provas, e mais provas… Mesmo assim, as condenações serão impostas. A realidade é picotada, estraçoada, numa série sem fim de abusos, arbitragens e ilegalidades. Chegaram ao cúmulo de inventar as testemunhas que não testemunharam nada, que nada viram e nada ouviram.
O brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, que comandou a Aeronáutica na gestão de Jair Bolsonaro, é uma dessas figuras. Na última quarta-feira, ele depôs por cerca de uma hora e meia à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal no processo sobre a tal “tentativa de golpe de Estado”. O processo todo é uma baboseira. Se Jair Bolsonaro elaborou dispositivos constitucionais para evitar que um condenado em três instâncias por corrupção e lavagem de dinheiro voltasse à presidência da República, Dilma Rousseff fez o mesmo em 2016, quando estava com a corda do impeachment no pescoço. E ela nunca foi acusada de ser golpista.
E tudo o que houve de quebra-quebra na Praça dos Três Poderes em Brasília em 2006, 2013, 2014, 2016 e 2017 não teve nada a ver com golpe de Estado? Congresso invadido, depredado… O Palácio do Itamaraty, a sede do Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto atacados… Tentativa de incendiar prédios de pelo menos quatro ministérios… Carros e ônibus destruídos pelo fogo… Dezenas de policiais feridos… Mas era a turma do amor, a turma do Lula, dos partidos comunistas e socialistas, das centrais sindicais, do MST. Não havia golpistas, nem terroristas, nem selvagens que merecessem ser extirpados. Muito pelo contrário, foram todos protegidos, como se democratas e respeitadores das leis fossem.
Voltando ao brigadeiro Baptista Júnior, ele confirmou essa semana que houve uma reunião dos comandantes das Forças Armadas com Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada, depois do segundo turno das eleições de 2022. E o que foi discutido? O uso de “algum instituto previsto na Constituição” para impedir a posse de Lula. Esses meios seriam uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ou a implementação de um Estado de Defesa ou de Sítio. Ou seja, seria um “golpe” com base na Constituição… Baptista disse que testemunhou o planejamento de uma “ruptura institucional”, que ele preferiu não denunciar.
O ex-comandante da Aeronáutica, uma “testemunha de cativeiro”, como definiu o advogado Jeffrey Chiquini, não soube dizer se o ex-ministro da Justiça Anderson Torres participou da “reunião do golpe”, mas afirmou que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, não estava no encontro. E, destruindo-se como testemunha, ele disse que não chegou a ver a tal “minuta do golpe” porque se retirou da reunião. O brigadeiro contornou que decidiu ir embora porque “não compactuava com nada daquilo”, mesmo sem saber exatamente o que era “aquilo”, já que não leu o documento que foi apresentado…
Este é o estado que se encontra a administração pública do Brasil, totalmente tomada por uma quadrilha que se apossou do poder ludibriando as leis com a conivência dos agentes públicos que por dever deviam evitar e punir os verdadeiros culpados, mas por não terem condições éticas de exercer os seus cargos se tornam reféns daqueles que eles mesmos colocaram em posição estratégica para impingir abusos e ilegalidades a toda nação. Como não temos defensores públicos que nos protejam da chuva de iniquidades que sofremos, resta apenas esperar pela ação do Espírito Santo, que pode tardar, mas sempre chega.