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ESTUDANDO GIBRAN
            Ao assistir uma palestra de Lúcia Helena, na Nova Acrópole, que falava sobre o livro “O profeta” de Khalil Gibran, com o objetivo de mostrar uma interpretação sobre o amor a estudante dos sentimentos, orientei que fizesse perguntas por escrito para no final ser respondido. Aqui vai abaixo as perguntas feitas e as respostas obtidas.
            1ª pergunta: Como fazer para controlar a mente, fazer com que ela nos obedeça?
            Resposta: Examinar como ela está funcionando, parar o comportamento e a fala. Refletir sobre possíveis erros e procurar alternativas.  
            2ª: O silêncio pode ser um autocontrole?
            R: Sim, o silêncio em momentos de estresse, quando queremos agredir o outro, é uma importante forma de autocontrole.
            3ª: “Quando o amor vai chamar, segue-o, embora os seus caminhos sejam árduos e íngremes”. Para isso precisamos descobrir se é realmente amor; amor e guerra andam juntos.
            R: O amor pode estar dentro da guerra, mas sempre é diferente. O amor é tolerante, é compreensivo, tudo entende, tudo perdoa... podemos ver no filme “Pearl Harbor”, onde encontraremos com mais propriedade essa questão.
            4ª: Como ouvir a voz do amor?
R: A voz do amor se ouve com o coração, observando e sentindo o bem que qualquer pessoa faz para a gente. Aí está a voz do amor se expressando. Pode ser por um sorriso ou uma lágrima de empatia pela alegria ou sofrimento do outro.
            5ª: - Nós temos várias máscaras e as usamos para fingir ser uma coisa que não é, só para agradar o outro.
            R: Sim, as máscaras (personalidades) que usamos tem esse papel: ocultar o monstro feio, vingativo, irado, orgulhoso, vaidoso, sensual, etc., e deixar se expressar as intenções do nosso espírito, sem hipocrisia.
            6ª: Tem gente que é igual a Gabriela: “eu nasci assim, vou morrer assim”, e não muda. Acha que vive o amor e no final fica sozinho achando que viveu a vida inteira corretamente.
            R: Sim, muita gente vive algemado aos seus instintos animais que não deixa oportunidade para seu espírito divino se manifestar. Essas pessoas precisam muito do nosso amor para sentirem que podem mudar, que podem libertar os seus espíritos.
            7ª: Como uma pessoa que passou a vida inteira amando, termina sozinha?
            R: Nunca estaremos sozinhos se entendemos que Deus está sempre conosco. Às vezes por sermos ignorantes, doentes da alma, as pessoas têm dificuldade de se aproximar de nós; às vezes por sermos bonzinhos demais, temos medo de nos aproximar das pessoas com medo de sermos abusados. Mas em qualquer situação, cercados de pessoas ou abandonados por todos, estamos sempre com Deus ao lado.
            8ª: Será porque ela só amou errado durante toda a vida?
            R: Podemos sentir algum afeto pensando ser amor e não é. O que mais engana é o afeto que desenvolvemos por alguém esperando algo em troca, condicionado a qualquer coisa. O ápice do engano é o amor materno quando se pensa ser incondicional e é o amor mais condicionado, ao filho, que se faz tudo por ele, só por que é o nosso filho.
            9ª: A essência não muda, então não adianta. Ninguém muda ninguém, é isso.
            R: Sim, ninguém pode mudar ninguém, a não ser que a pessoa queira mudar. O que podemos fazer é dar argumentos para que a pessoa reflita sobre seus procedimentos e veja a importância para si da mudança.
            10ª: Uma pessoa pode se encantar com outra pessoa de máscara? É fácil identificar?
            R: Sim, podemos nos encantar com uma máscara que a pessoa usa. Mas com a convivência iremos descobrir a realidade e com amor mostrar a pessoa, com toda a educação, o que se pode perceber através da máscara.
            11ª: Para amar como se pede, só se pedirmos o coração de Deus emprestado, porque o nosso coração não consegue.
            R: Se pedirmos com fervor o coração de Deus para que possamos amar como Ele quer, com certeza que Ele irá fazer isso. E com o tempo você verá que está amando, por si só, como Deus quer.
 
Sióstio de Lapa
Enviado por Sióstio de Lapa em 25/07/2019


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Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr