Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
06/06/2024 00h01
SÍNODO – 17 JUSTIFICATIVA TEOLÓGICA

            Para defender a Santa Igreja Católica é preciso saber como está se procedendo os ataques, quem são os atores e quais são as instâncias deliberativas no campo administrativo para que a demolição da Igreja como foi construída no passado, venha acontecer. Vejamos o que nos diz o Capítulo III do livro “O Processo Sinodal, uma caixa de Pandora – 100 perguntas e 100 respostas”, na sua 17a. pergunta.



17. Que justificativa teológica é apresentada para a necessidade de escutar?



            O Papa Francisco, os organizadores do Sínodo e seus documentos preparatórios insistem ad nauseam nesse ponto: “A totalidade dos fiéis (...) não pode enganar-se na fé: E esta sua propriedade peculiar manifesta-se por meio do sentir sobrenatural da fé do Povo todo, quando este, desde os bispos até ao último dos leigos fiéis, manifesta consenso universal em matéria de fé e costumes (...) Aquele famoso infalível “in credendo” não pode enganar-se na fé”.



            Como se justifica teologicamente tal afirmação?



            Entre 2011 e 2014, a Comissão Teológica Internacional (CTI) realizou um estudo sobre o significado da fé, que levou à publicação do documento O sensus fidei na vida da Igreja. Esse estudo descreve o senso de fé dos fiéis como “uma reação natural, imediata e espontânea, comparável a um instinto vital ou uma espécie de faro, pelo qual o crente adere espontaneamente ao que está conforme a verdade da fé e evita o que se opõe” (n. 54). Esse aspecto espiritual deriva “da conaturalidade que a virtude da fé estabelece entre o sujeito crente e o objeto autêntico da fé, isto é, a verdade de Deus revelada em Cristo Jesus” (n. 50).



            Esse sensus fidei fidelis “é infalível em si mesmo quanto ao seu objeto, a verdadeira fé” (n. 55). Mas não é infalível em cada crente, porque se desenvolve proporcionalmente à virtude da fé. Por isso ele é proporcional à santidade da vida de cada pessoa (n, 57). Além disso, no mundo real as intuições dos fiéis podem coincidir com opiniões puramente humanas, ou até mesmo com erros predominantes em seu contexto cultural.



            Por esse motivo, o documento da CTI acrescenta, citando o parágrafo 35 da declaração Donum veritatis da Congregação para a Doutrina da Fé: “Se, portanto, a fé teologal enquanto tal não se pode enganar; o fiel pode, ao contrário, ter opiniões errôneas, porque nem todos os seus pensamentos procedem da fé. Nem todas as ideias que circulam entre o Povo de Deus são coerentes com a fé” (n. 55).



            Apesar de não estar dentro da Igreja Católica, aceito a preponderância dela no que diz respeito a fé nos ensinamentos de Cristo e respeito todos os pais da Igreja que procuraram com bom senso e sabedoria fortalecer em nosso psiquismo a verdade do Caminho que o Cristo nos ensinou. Na condição de crente eu adiro espontaneamente ao que está em conforme a verdade da fé, como é o caso de eu aceitar o amor incondicional acima de qualquer outra lei humana e com isso transformar minha forma de conduzir o meu casamento, do amor exclusivo para o amor inclusivo, como já expliquei isso em outras ocasiões dentro deste diário. Mas sei que esse meu posicionamento não é infalível, eu posso estar errado. E eu não tenho uma vida de santidade tão perfeita que me sirva como aliado às minhas pretensões. A minha intuição enquanto fiel pode estar coincidindo com o meu instinto humano, associado a erros do meu contexto cultural. Assim, eu sou uma prova real de que nem todos os pensamentos de fiéis cristãos ser coerentes com a verdadeira fé. Portanto, eu posso estar enganado na fé, o “in credendo” em mim pode estar enganado na fé. E isso pode incluir até mesmo pessoas preparadas dentro dos seminários, quando estas deixam de considerar a prevalência dos ensinamentos do Cristo e passam a valorar outras fontes.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 06/06/2024 às 00h01
 
05/06/2024 00h01
SÍNODO – 16 VOZ DO POVO, VOZ DE DEUS?

            Para defender a Santa Igreja Católica é preciso saber como está se procedendo os ataques, quem são os atores e quais são as instâncias deliberativas no campo administrativo para que a demolição da Igreja como foi construída no passado, venha acontecer. Vejamos o que nos diz o Capítulo III do livro “O Processo Sinodal, uma caixa de Pandora – 100 perguntas e 100 respostas”, na sua 16a. pergunta.



16 – A voz do povo é a voz de Deus?



            Não necessariamente. Na igreja, a expressão “vox populi” tem um significado muito diferente do que lhe é atribuído nas democracias modernas: nestas, a opinião da maioria é necessariamente correta e acatada. A esse respeito, comenta o Cardeal Gerhard Müller, ex-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé:



            “A participação de todos os fiéis no ofício profético, real e sacerdotal da Igreja, baseia-se sacramentalmente no batismo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e não no poder que emana do povo, como no regime constitucional de um Estado democrático. O ministério dos sacerdotes e diáconos é baseado na autoridade de Cristo. (...) Na História, a voz do povo tem sido bastante ambivalente. Muitas vezes o povo de Atenas se sentiu ofendido por seus filósofos, e democraticamente condenou Sócrates à morte.



            “O povo de Deus reclamava repetidamente contra o Senhor: Pilatos disse cinicamente a Jesus: ‘Foram o seu povo e o chefe dos sacerdotes que o entregaram a mim’ (Jn 18,35). Na Nova Aliança, ao contrário, o povo messiânico de Deus é caracterizado pelo fato de que todos os fiéis ouvem a Palavra de Deus na medida em que participem do sacerdócio de Cristo: e os bispos e sacerdotes ordenados santificam, guiam e ensinam o povo sacerdotal na Pessoa de Cristo, Cabeça da Igreja”.



            A voz do povo, colhida de forma democrática, jamais vai expressar o pensamento do Espírito Santo, da Santíssima Trindade, de Deus. Como pode pessoas que foram criadas por Deus, simples e ignorante, com toda a influência egoísta que a carne exige, agora poder transmitir a sublime vontade do Pai?



            Se torna uma cena deprimente ver esses homens eclesiásticos formados na doutrina católica, vinda dos apóstolos que a aprenderam com o Cristo, e fizeram à duras penas todo esforço, com sangue, suor e lágrimas, trazerem esses ensinamentos até nós, agora curvarem seus ouvidos para ouvir a voz do povo que condenou democraticamente o nosso Mestre e até hoje continuam perseguindo os fiéis ao redor do mundo.



            Essa é uma prova de que a tentação do Demônio continua forte sobre a nossa consciência e que tem a capacidade de penetrar dentro da Igreja, contaminando e corrompendo o pensamento daqueles mais jovens, mas que um dia estarão em idade de assumirem cargos importantes dentro da hierarquia, até mesmo o cargo de Papa.



            Agora estamos vendo com clareza como está distante do pensamento de Deus o comportamento do povo que expressa sua vontade através do voto. Não conseguem discernir os bons dos maus candidatos, que são os lobos, pastores, cães e ovelhas. Colocam no poder lobos vorazes que deixam todos em liberdade de ao menos expressar sua opinião.



            Não, jamais a voz de Deus pode ser ouvida através do povo... muito deficitariamente através de alguns profetas e de todas as pessoas que estiveram conosco na Terra, apenas Jesus conseguiu se mostrar como o Pai, e agora a ideia que a Igreja traz é de trocar Seus ensinamentos pelo que o povo quer dizer?



            Não, nós, cristãos, continuaremos a ouvir a voz do Cristo, mesmo que nos reduzamos a 12, mesmo que sejamos novamente sacrificados e que nosso sangue sirva de semente às novas gerações.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 05/06/2024 às 00h01
 
04/06/2024 00h01
MINHA NARRATIVA 9 – FILHO DE DEUS

            Após ter discorrido pelos aspectos da criação de tudo que existe, inclusive eu, vou agora passar à narrativa de minha caminhada neste mundo e nesta minha vida atual. Considero que vivi diversas outras existências, mas que cheguei nesta com necessidade de muito aprendizado, devido as deficiências que percebo possuir.



            A explicação de me considerar como filho de Deus, entendendo que tudo que existe é também seu filho, e isso parecer uma redundância, deve ser aqui bem refletida.



            Tenho por base essa identificação de “Filho de Deus”, na lição que Jesus nos deixou quando estava ensinando a um grupo de pessoas e chegou os Seus parentes. Quando foi avisado disso, o Mestre aproveitou e disse que seriam a sua mãe e seus irmãos aqueles que fizessem a vontade do Pai.



            Esta lição aparentemente simples tem uma aplicação profunda. Implica que de toda criação só quem pode ter essa distinção de ser o Filho de Deus é quem faz a vontade dEle. Isso restringe drasticamente o número de candidatos, pois só quem possui capacidade de raciocinar com inteligência e capacidade para discernir o acerto do erro, a verdade da mentira, a coerência da incoerência, o Criador das criaturas, a vontade do Pai e a vontade da carne, são esses que podem decidir fazer ou não a vontade do Pai.



            Deus decidiu organizar Sua família do meio da criação, quando sugeriu um pacto com Abrão e garantiu que toda sua descendência que fizesse a vontade dEle, seria o Seu povo, a Sua família.



            Na leitura da Bíblia, encontramos no Velho Testamento toda essa saga do povo de Deus, representado pelas 12 tribos de Israel que chegam até o dia de hoje. O Novo Testamento traz os ensinamentos de Jesus que veio reformar a leis trazidas por Moisés, o grande profeta do Velho Testamento.



            Jesus se identifica entre nós, não como um profeta, e sim como o Filho de Deus, que foi enviado pelo Pai para nos ensinar sobre o Caminho da Verdade que nos leva à Vida eterna, integrado ao Divino.



            Jesus se identifica tanto com Deus que diz aos apóstolos que quem O ver, ver ao Pai. Faz o maior esforço para mostrar a todos, inclusive à família biológica e aos apóstolos que Suas lições levam a formação da família universal, à construção do Reino de Deus, e que este tem uma perspectiva espiritual e não material.



            Foram essas lições que introjetei dentro de minha consciência para procurar cumpri-las com integridade e honestidade, fazendo o discernimento mais perfeito possível entre o certo e o errado, entre o que devo fazer e o que devo evitar.



            Fazendo assim, entendo que estou fazendo a vontade do Pai, e portanto, não preciso ser israelita ou ter feito a circuncisão para ser Filho de Deus. Já estou dentro dessa condição, e ao mesmo tempo, posso ver tantas pessoas, amigas e até parentes, que não fazem a vontade de Deus, e, portanto, não são meus parentes espirituais, não pertencem à família universal, ao Reino de Deus. São pessoas que podem ter um alto nível de racionalidade, podem ser acadêmicos, juristas, parlamentares, eclesiásticos, etc., mas não fazem a vontade de Deus, por ignorância ou por determinação.



            É da vontade de Deus que nós, mais evoluídos espiritualmente, que já pertencemos à família universal, procuremos os irmãos racionais para ensina-los sobre o Reino de Deus, como participar de nossa família espiritual, como Jesus fez conosco.



            É neste ponto que me encontro agora, como Filho de Deus, procurando fazer a vontade do Pai, apesar das minhas profundas dificuldades, emocionais, racionais e motivacionais, que geram vícios e defeitos.



            A confecção deste espaço literário é onde coloco diariamente as minhas reflexões pessoais ou reflexões sobre ideias de outras pessoas. Tudo isto no sentido didático de deixar um rastro de minha existência do ponto de vista cognitivo, chamando a atenção de como podemos nos comportar para seguir as lições do Cristo para ser incluído na família universal.



            Toda minha produção literária neste espaço tem o sentido de mostrar a minha caminhada nos passos do Cristo, as dificuldades que encontro na aplicação prática e até na compreensão verdadeira das lições divinas, desde que somos bombardeados pelas mentiras, pelas falsas narrativas que podem nos levar a praticar o mal pensando estar fazendo o bem.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 04/06/2024 às 00h01
 
03/06/2024 00h01
PAGAMENTO (poesia)

Dias, noites, serenas madrugadas

 

 

Que traz meu sonho à realidade

 

 

 

 

No tic-tac do relógio da saudade

 

 

 

 

Caem lágrimas sem serem enxugadas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Como eu quero, tanto, tanto o meu sonho

 

 

 

 

Fecho os olhos com esperança de vê-lo

 

 

 

 

Rezo, prometo fazer tudo e merecê-lo

 

 

 

 

Quando abro os olhos estou só, tristonho

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A minha boca tem a sede dos teus lábios

 

 

 

 

Meu coração bate por ti, e não por mim

 

 

 

 

Pra que viver com tanta dor assim?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Será que a dor tem em si conselho sábio?

 

 

 

 

Que o meu sonho que me causa sofrimento

 

 

 

 

É a cobrança do que fiz, um pagamento?

 

 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 03/06/2024 às 00h01
 
02/06/2024 00h01
BENDITOS (poesia)

Bendito seja o Pai que me criou



Donde nada existia, por Ele eu vim



Sem nada saber, um mero querubim



Do barro desenhado a vida me soprou



 



Bendita seja, oh mãe que me amamentou



Que do teu sangue meus ossos se formaram



E todas as células do teu corpo me amaram



E por nove meses o teu útero me gerou



 



Benditas sejam, mulheres da minha vida



Que me amaram e choraram nos meus braços



Benditos sejam todos filhos que gerei



 



Benditos sejam todos por quem tanto orei



Benditos sejam por quem criei tais laços



E que tornaram minha vida tão querida


Publicado por Sióstio de Lapa
em 02/06/2024 às 00h01
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