Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
22/08/2025 00h01
NATAL, GOVERNO COMUNISTA

            Encontrei nas redes sociais um texto que fala da Intentona Comunista no Rio Grande do Norte e que é interessante para nossas reflexões.



No ano 1935,  dia 23 de novembro, papai assistia com o Governador Rafael Fernandes, presidindo a cerimônia de formatura dos  concluintes do curso secundário do Colégio Marista e contabilistas.



O irmão de papai, Luiz de França Melo com apenas vinte anos de idade, aluno modelo, havia se destacado como melhor entre os melhores, era o orador. Fez um discurso memorável que mereceu os aplausos entusiasmados do paraninfo, Padre Monte e que passou para os arquivos da historia do colégio e publicação na revista  Echos do ano de 1935.



 



O Teatro Carlos Gomes estava lotado,  repleto de pessoas importantes, não só o governador e o prefeito Gentil Ferreira; também lá estavam o Dr. Paulo Viveiros, o cônsul do Chile Carlos Lamas, o irmão Amador Lamas, proprietário da loja 4400, na Av. Tavares de Lira,  alguns anos depois,  destruída pelo fogo.



O dia festivo também ficou marcada como uma data de terror e pânico na historia do Rio Grande do Norte: o início da Intentona Comunista.



Quando começaram os disparos, espectadores e concluintes desarvorados procuram as saídas do teatro.



Papai foi preso. Havia sido denunciado aos intentonistas por Jessé Café, irmão de João (Café Filho) que assumiria a presidência da república com o suicídio de Getúlio Vargas.



A razão da prisão:  ouvir num rádio Philips, de baquelita, os discursos de Hitler, durante a reconstrução da Alemanha, após a primeira guerra.



O governador, mais algumas autoridades, ao deixar o teatro tinham a intenção de se asilar na residência do cônsul Carlos Lamas, território chileno, portanto, inviolável. Mas era perigoso. A casa ficava muito distante e os fugitivos poderiam cair nas mãos dos comunistas.   Melhor seria procurar a casa de Amador Lamas.



Ao chegarem lá, temerosos e assustados, não sabiam o que fazer. O molecote Chico Lamas, o mais lúcido, tem a solução:  roubar da casa do cônsul a bandeira chilena. Dito e feito.    Chico volta com a flâmula, sobe no telhado e planta lá a bandeira salvadora.



 De uma forma ou de outra, as autoridades brasileiras do Rio Grande do Norte estavam garantidas sob "território chileno", em Natal. Não importando se fajuto ou não.



O sucesso dos revoltosos foi curto. Logo, um grupo de seridoenses em armas, tendo Dinarte Mariz como figura de destaque, embosca, combate e prende uma coluna de revoltosos que se dirigia ao Seridó potiguar.



Mesmo assim, durante cinco dias o Rio grande do Norte teve um governo comunista cujo o autoproclamado governador era José Praxedes, um sapateiro especialista em botar meia-sola em calçados.



Mas a historia do Rio Grande do Norte ficou manchada pelos episódios de tortura dos revoltosos.



Conheci alguns desses torturados. Dentre eles. um que nós,  crianças da avenida Alexandrino de Alencar chamávamos de  Vovô Bezerra, o pai do jornalista Leonardo Bezerra.



Outro torturado que conheci , Poty,  proprietário da serraria ao lodo do nosso saudoso sitio, onde hoje está a sede da Fecomércio, tornou-se meu amigo e me contou que junto com outros presos  varriam ao meio dia, piche fervendo despejado no convés do navio- prisão em que se encontravam detidos.



Poty voltou a ser preso em 1964, mas foi logo libertado, após responder a pergunta de um militar que o interrogava:



-- você é comunista? 



-  Não! sou mesmo é um bosta.



O relato é interessante, coloca a intimidade setorizada de um evento importante para o registro de nossa história, não só de Natal como do Rio Grande do Norte. Mostra o conflito de ideologias, mesmo que não sejam bem esclarecidas nas suas bases: o marxismo levando as armas destruidoras da revolução x o cristianismo defendendo a comunidade de um regime de autoritarismo e escravização da população. O nome de Marx é bem defendido dentro dos grupos revolucionários, mas o de Cristo não é colocado em destaque como deveria ser.



Se nós cristãos pegamos em armas para nos defender de tal ameaça que pretende escravizar as nossas almas, corresponde ao termos armas individuais para nos defendermos das ameaças que querem destruir nossas vidas físicas.



É importante que nestes dias atuais, onde estamos subjugados nacionalmente pelas forças autoritárias do comunismo, onde nossas instituições democráticas voltadas à defesa da liberdade e da justiça foram anuladas, que saibamos que é a ideologia marxista que marcha sob o impulso luciferino contra nós, cristãos que queremos viver na ideologia da cristandade.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 22/08/2025 às 00h01