Com a intenção que ora denunciamos, investigaram os mínimos registros históricos, tatearam quase um a um, os arquivos históricos mais recônditos, trouxeram à luz inúteis fábulas: intentos cem vezes refutados e cem vezes repetidos. Passando por alto ou obscurecendo os principais fatos históricos, aprouve-lhes deixar de lado, calando, os fatos gloriosos e os memoráveis da Igreja, com o ânimo amargamente voltado a enfatizar e exagerar qualquer ato que temerária ou menos retamente se tenha praticado; resguardar-se contra cada uma dessas acusações é algo que tem mais dificuldade do que pode suportar a natureza humana.
Não só isso, mas se permitiram perscrutar, com maliciosa sagacidade, os incertos segredos da vida privada, tirando daí as calúnias que parecessem mais aptas a entreter e ludibriar mais facilmente a multidão. Entre os Pontífices Máximos, mesmo que brilharam pela virtude foram amiúde estigmatizados e vituperados como cobiçosos, soberbos e autoritários; quando se não pôde negar a glória de seus atos, foram repreendidas suas intenções: ouviu-se mil vezes aquela ideia insana de que a Igreja se opôs ao progresso científico e humano. Lançaram-se, nomeadamente, mui acerbos projéteis de difamação e falsidade contra o principado civil dos Pontífices Romanos – instituído por divino desígnio para proteger a liberdade e a majestade destes, fundado, ele próprio, num direito excelente, e memorável por seus inúmeros benefícios.
A essas maquinações, porém, porém hoje se dá atenção, de tal modo que, se não no passado, ao menos hoje é possível dizer que a ciência histórica parece uma conspiração de homens contra a verdade. Tendo-se renovado diante do povo aquelas primeiras falsas acusações, vemos que a mentira rasteja com audácia por trabalhosos volumes e ágeis livretos, bem como pelas páginas voláteis dos jornais e enganosas apresentações teatrais. Muitos querem que a própria recordação de coisas antigas lhes ajude em suas injúrias. Um exemplo disso aconteceu recentemente na Sicília, onde aproveitaram a recordação de um episódio cruel e lançaram muitas injúrias contra o nome de nossos predecessores, registrando a grosseira desumanidade de suas palavras em monumentos permanentes. Pouco depois, de igual modo, foram tributadas honras públicas àquele homem da Bréscia, cujo engenho sedicioso e espírito infenso à Sé Apostólica o tornaram famoso para os pósteros. Depois tentaram novamente incitar a ira popular e mover contumélias ardentes contra os Pontífices Máximos. Se tivessem de recordar episódios favoráveis à Igreja, nos quais a luz manifesta da verdade seria capaz de desbaratar os ataques caluniosos, esforçar-se-iam por esvaziar e dissimular os fatos, para que se pensasse que, aos Pontífices, o mínimo possível de louvor e mérito se deveria dar.
Essas maquinações que são devidamente expostas aqui, permanecem nos tempos atuais com uma força que jamais existiu, praticadas por pessoas com altos cargos na administração pública, acadêmica e até eclesiástica. O mundo e nosso país, principalmente, se envolve em trevas das falsas narrativas, onde bandidos são perdoados e até elogiados e inocentes são condenados até por exposição de um pensamento, como bem foi descrito no texto anterior.
Cada cidadão que não compactua com essas trevas luciferinas está exposto à perseguição, a investigação dos seus atos civis, da sua vida íntima. Procuro está ligado aos conselhos do Santo Papa, por reconhecer nele o prolongamento apostólico originado dos ensinamentos de Cristo, que apontou a forma de me conduzir no progressismo espiritual, mas sei que a minha prática honesta e sintonizada com o bem, pode ser pela maldade da natureza humana sintonizada e evoluindo no progressismo material, ser usado esse tipo de maquinações para transformar a essência da realidade que pratico em falsas narrativas destruidoras.