Esta é uma lição bíblica (Gênesis 2, 24: Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne) que geralmente não conseguimos aplicar. Pelo menos eu, ainda não encontrei na minha vivencia atual esta condição sendo realizada na prática.

            Já tive experiências com diversas companheiras que lemos esse versículo da Bíblia e acreditamos que pudéssemos praticar, sermos carne da mesma carne, o que um sentir de bom ou ruim, o outro sentir da mesma forma; o que um fizer que aparente ruptura desse preceito ser chamado à reflexão pelo outro para a devida correção de rumos, de um lado ou do outro, para onde melhor aponte a vontade de Deus, contanto que a simbiose não seja desfeita.

            Mas nunca passei nem por perto dessa experiência. Logo no começo éramos atingidos pelos preconceitos do mundo material onde o progressismo animal exige a condição de posse dos companheiros, que nenhuma forma de afeto seja feito a qualquer pessoa, principalmente quando tem a possibilidade de relações sexuais e formação de vínculos mais fortes e duradouros. Esses preconceitos impedem a principal lei de Deus (essência do Amor Incondicional) que Jesus informou: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, fazer ao próximo aquilo que desejamos ser feito a nós, sem trazer prejuízos a terceiros.

            Como entendo que o Reino de Deus depende da formação da Família Universal e que esta só pode existir se a lei de Deus for cumprida na íntegra, a minha intuição levou-me a vagar por diversos relacionamentos íntimos, todos motivados pelos instintos animais, mas sempre domesticados pela bússola comportamental que o Cristo ensinou.

            A atual companheira que o Pai me enviou, com forte formação espiritual, vinda com a motivação instintiva que é a forca material que está sempre a nos mover, sentiu o impacto de minha forma de forma de viver, tentando fazer esta família universal e sempre atacado por todos, por todos os lados, justamente pelo aspecto sexual está incluído nas minhas possibilidades. Este aspecto sempre foi um motivo de instabilidade nas minhas relações afetivas.

            Imagino que o Pai, percebendo o impasse em que me encontrava na construção dessa família universal considerando a possibilidade sexual, resolveu intervir e mostrar lições onde o sexo estaria impedido para melhor fluir o desempenho de minha missão. Isso atenuaria a forca do ciúme que corrói um relacionamento saudável e facilitaria os parceiros se aproximarem mais da condição de serem carne da mesma carne.

            Nesse novo contexto, acredito que a comunicação mais clara entre ambos é um fator importante para a correta missão que o Pai deseja ser cumprida.