Citado pelo atual Papa Leão XIV e mantido o tema em seu brasão, vejamos o que diz esses Salmos.
1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.
2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono.
3 Eis que os filhos são heranças do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.
4 Como flechas na mão de um homem poderoso, assim são os filhos da mocidade.
5 Bem-aventurado o homem que enche deles a as aljava; não serão confundidos, mas falarão com seus inimigos à porta.
Sem falar nada de pastoreio, o Papa ao colocar esses Salmos no centro do seu episcopado, quer nos dizer muita coisa, tanto individual quanto coletivamente, pois vejamos.
Se o Senhor não edificar o Eu existencial, a minha casa, o meu país ou o meu planeta, em vão será o trabalho de seus construtores ou seus vigias. Então, é preciso que o Senhor queira fazer esse trabalho. Se Ele não faz de imediato é porque espera de nossa parte alguma ação.
Deus está dizendo através desses salmos intuídos que é inútil acordar tão cedo ou dormir tão tarde, de fazer tantos sacrifícios, pois Ele nos está dando o repouso, para que tanto esforço?
No Reino de Deus somos todos uma grande família. Quem sabe mais deve proteger e instruir os mais deficitários, ignorantes, como se fossem nossos filhos. Eles são a herança que Deus nos entrega no nosso entorno, uma bênção divina que recebemos neste mundo material para progredirmos espiritualmente.
Esses filhos, biológicos ou espirituais, são como flechas em nossas mãos, que podem servir como armas nessa batalha espiritual em que estamos envolvidos. Serão uma fonte de proteção quanto mais termos construídos esses filhos que o Pai nos oportuniza.
Este é um chamado para entendermos a dependência de Deus na construção da família biológica e/ou universal, progredindo espiritualmente para a Vida eterna na sintonia plena com o Pai.``
Esta é uma prosperidade que vem do Senhor, bem diferente da prosperidade material que nos esforçamos tanto para conquistar e que logo o tempo dissipa com o advento inevitável da morte do corpo físico.