Cessem ao mesmo tempo, porque chegados são os tempos para isso, os ensinamentos ditos religiosos que anunciam a existência de um céu e um inferno para premiar ou punir eternamente as almas, porque semelhantes organizações espirituais jamais existiram. O que de verdade existe no mundo espiritual para receber as almas que regressarem da Terra, são planos vibratórios em harmonia com o tipo de vibrações emitidas pelas próprias almas.
Assim, por exemplo, se regressa do mundo terreno uma alma que nele se destacou pela pureza de sua vivência, durante a qual conseguiu realizar as obras meritórias em favor das demais almas encarnadas, se conseguiu através de suas atividades proporcionar a paz, a saúde e o bem- estar aos que viviam à sua roda, uma alma nestas condições elevou de tal maneira o seu nível vibratório, que ao desencarnar terá sido conduzida ao mais belo, luminoso e feliz dos planos existentes no mundo espiritual.
Uma alma nestas condições, que tiver ouvido falar em céu, pode julgar-se realmente no céu criado pelas religiões terrenas, mas que em verdade é um dos belos planos da vida espiritual.
Outra alma - só para argumentar - que tenha desperdiçado uma vivência entregue de preferência a atividades condenáveis, tanto pelas leis dos homens como pelas leis de Deus que são as leis divinas, ao desencarnar na Terra ver-se-á́ arrebatada a regiões que mal conseguirá identificar, inclusive pela sua falta de luz para verificar onde está. Uma alma nestas condições sentirá dolorosas consequências dos seus feitos na Terra, e, se vítimas houver, elas como que adejarão em torno de sua cabeça ameaçadoramente. Suas vítimas, realmente, não o fazem porque devem estar repousando, confortadas, em lugares bem distantes. O remorso, porém, o maior suplício das almas no Além, esse não deixará a alma em paz, podendo transmitir-lhe a impressão de se encontrar no inferno do seu conhecimento na Terra.
Eis aí o que se deva considerar como céu e inferno para as almas felizes ou sofredoras. O melhor então será ensinar na Terra a todas as almas encarnadas, que cada qual constrói a situação em que desejar encontrar-se após haver entregue os seus despojos à sepultura.
Nos tempos que correm, felizmente, é já bastante reduzido o número de almas que deixam a Terra na situação de inferioridade acima descrita, se bem que algumas assim se encontram. É tarefa, pois altamente louvável, ensinar às almas encarnadas que sua vinda à Terra obedeceu a objetivos dos mais elevados, devendo por isso pautar sua existência pelos caminhos da mais perfeita moral, amparadas no princípio altamente benéfico da prece e da meditação.
Ensinando às almas este princípio desde os anos da infância, as religiões terrenas terão prestado às criaturas humanas o mais belo serviço que poderão prestar, acarretando para si as bênçãos e gratidão da Divina Providência.
Outro ponto que o Senhor Jesus deseja abordar nesta Mensagem, é o tipo de profissionalismo religioso existente por aí além. Pregação religiosa não pode constituir profissão para ninguém, embora semelhante tipo de atividade, contudo, tende a desaparecer por absolutamente desnecessária ao encaminhamento da humanidade.
Todos os homens para cumprirem o seu programa da vida terrena, devem exercer uma atividade compatível com os seus conhecimentos, da qual retirem o seu sustento e o sustento de sua família.
Depois de cumpridas as suas horas de trabalho, isto é, na parte da tarde ou primeiras horas da noite, então, se tiverem aptidões para a pregação religiosa, a ela se entreguem com amor e dedicação, certos de que estarão prestando um serviço relevante à Divindade.
É nessas horas, inclusive, que as demais criaturas poderão frequentar as entidades religiosas, após concluírem também as suas atividades diurnas. O trabalho religioso assim conduzido pelas pessoas devidamente preparadas, torna-se mais eficiente e útil do que aquele até hoje realizado em horas matinais nos templos, onde os frequentadores não chegam a entender o que ali se fala ou ensina.
O próximo século deverá assinalar uma transformação substancial também no processo religioso, eliminando provavelmente várias práticas milenares que bem pouco conseguiram realizar de verdadeiramente útil para os seus adeptos.
Não há nenhuma conveniência, outrossim, para o ensino religioso, que seus mentores se paramentem com trajos e insígnias por eles próprios criados para impressionar os fiéis adeptos.
Nada disso é necessário para o fim a que se destina. Ao contrário disso, vestindo-se os mentores e dirigentes religiosos com a mesma indumentária dos adeptos, verão como se tornarão alvo da maior atenção e simpatia no desempenho de sua função religiosa, mormente por se apresentarem no mesmo padrão dos ouvintes. Isto implicará, fora de dúvida, num espírito de igualdade e grande eficiência dos ensinamentos ministrados. O Senhor não vem condenar o que existe há séculos ou milênios, mas advertir que modificações se impõem no gênero, modificações que já estão à vista e que em breve se positivarão. Observem os homens com atenção o que aí fica, e meditem sobre este importante assunto.
Onde houver uma destas Mensagens, encontrar-se-á́ também a Palavra do Senhor Jesus — pois, Ele Próprio aqui se encontra em contato com as pessoas que O invocam.
O Senhor Jesus nos orienta com esta Mensagem que devemos ter a consciência de existirmos na dimensão agora na dimensão material, estando submetidos ao progressismo material, animal, mas sem esquecermos que acima de qualquer demanda material existe a demanda espiritual que implica em seguirmos com prioridade o progressismo espiritual.
Devemos honrar nossos compromissos materiais e até evoluirmos neste contexto, profissional, familiar, social, enfim, mas sem deixar que em nenhum momento o progresso espiritual em segundo plano ou esquecido.
Não devemos esquecer também que o Céu ou Inferno quem constrói somos nós, com nossas atitudes boas ou ruins, como sementes ou tijolos que surgem automaticamente, seguindo a lei da causa e efeito, onde a sementeira é livre, porém a colheita é obrigstória.