Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
02/05/2025 00h01
ELUCIDÁRIO – 05 CAPÍTULO 2 - 1 DEUSES DE ANTANHO

Os deuses imaginados, cultuados, venerados, durante milênios pelos povos que habitavam a Terra em muitos milênios decorridos, pouco lograram fazer no sentido de contribuir para que os seres humanos se dispusessem a palmilhar a estrada do seu aperfeiçoamento moral e ingressassem oportunamente em novas etapas de vida espiritual.



 Pouco fizeram, pois, os deuses imaginados pelos homens desse passado remoto, do qual quase não se tem noticia nem registro histórico nos dias que correm.



 Os deuses de antanho, é preciso dizê-lo hoje, existiam apenas na imaginação fantasiosa dos viventes daquelas épocas de há muito já extintas, sendo hoje responsabilizados por quantos crimes se cometiam contra a vida daqueles infelizes que se destinavam ao sacrifício para servir à gula e à ira dos deuses de então.



Vivia a humanidade daqueles tempos um dos estágios bem primários de sua história, sendo certo que bem pouco lucrou no que respeita à sua evolução espiritual.



Tudo mudou, porém, com o perpassar dos milênios, em que, em vez de progredir, quantos seres humanos regrediram em seu relativo progresso espiritual, indo e voltando ao mundo sabe Deus em que circunstâncias.



Passaram os séculos e os milênios num vaivém constante de lutas e sofrimentos de toda a ordem para quantos logravam permissão para descer a Terra num corpo de carne, a fim de se empenharem sempre, uma vez mais, na lapidação do Espírito através dos sofrimentos em que era fértil a vida humana, muito mais no passado distante do que nos dias presentes.



Muitos Espíritos realmente progrediram nessas idas e vindas constantes ao meio terreno, que assim se destacaram da média comum dos que se serviam da encarnação para expandir suas tendências inferiorizadas contra companheiros de jornada, e ampliar ao limite permissível sua ambição de poder e domínio sobre os seus semelhantes.



Para que possais fazer uma ideia aproximada do reduzido índice evolutivo dos seres humanos desse passado longínquo a que me venho referindo, bastará dizer-vos que não ultrapassava a taxa de dois por mil o número de Espíritos que ao regressarem ao seu plano espiritual, podiam registrar algum progresso em relação àquele possuído em sua descida à Terra.



E sabeis, leitores, qual a classe em que essa taxa de progresso era registrada? Eu vos direi que jamais o fora nas classes dirigentes do mundo, entre as quais predominava, ou o estacionamento, ou se registrava a linha regressiva, pelas suas inúmeras atitudes e práticas contra os seus dirigidos. Entre estes, sim; entre os dirigidos, sobretudo entre os mais simples e humildes, era que se conseguia assinalar no plano espiritual algum índice de progresso moral, alcançado à custa do sofrimento, privações e lutas a que eram submetidos pelas classes dirigentes.



O progressismo espiritual começa com o esforço do homem em criar um Deus na sua consciência qualquer que fosse o estímulo visual que lhe estivesse mais próximo, quer ao seu contato nas criaturas da natureza, quer mais distante nos astros que se movimentavam além da sua compreensão, ou mesmo fenômenos que existiam temporariamente, como tempestades, raios e trovões.



Dessa forma, é justificável que a pessoa viva todo o seu período de encarnação sem conseguir nenhuma conquista espiritual que ateste o seu progresso quando retorna ao lar oficial.



Foi preciso a vinda de Jesus ao nosso meio material para nos explicar detalhadamente como poderíamos progredir espiritualmente em direção ao Reino de Deus e deixar de seguir o progressismo animal que termina com a morte do corpo físico.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 02/05/2025 às 00h01