Meu Diário
15/06/2022 05h58
SANTÍSSIMA TRINDADE

            O Espírito da Verdade, representando a Santíssima Trindade, já chegou, conforme o previsto por Jesus no Evangelho de João, 16,12-15: “Tenho ainda muitas coisas a vos dizer, mas não sois capazes de compreender agora. Quando ele vier, o Espírito da Verdade, vos guiará em toda a verdade. Ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo quanto tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu para vos anunciar. Tudo que o Pai tem é meu. Por isso, eu vos disse que ele receberá do que é meu para vos anunciar.”  



            Um só Deus em três pessoas é uma forma didática de apresentar os atributos do Criador: Pai de toda a criação; Filho que pode se manifestar encarnado em qualquer pessoa sintonizada com o Divino e que consegue fazer a vontade do Pai mesmo com o sacrifício da própria carne, sofrendo dores no lugar do prazer, como demonstrou Jesus; e na condição de Espírito na sua forma mais pura, Espírito da Verdade.



            Quando o fenômeno das “mesas girantes” chamara a atenção de todo o mundo, os próprios espíritos que o promovia responderam a Allan Kardec (O Livro dos Espíritos) sobre as verdades do mundo espiritual. Entre esses espíritos estava o Espírito da Verdade, como coordenador. Podemos assim confirmar a sua vinda pela nossa capacidade de raciocínio, lógica e coerência, evitando dogmas e preconceitos.



            O nosso principal instrumento hoje, a fé raciocinada, é o mecanismo que nos habilita com mais firmeza no reconhecimento da Verdade e na convicção de fazer o que é necessário para que se cumpra a vontade do Pai.



            O Antigo Testamento não tem essa perspectiva da Trindade em um só Deus. Foi Jesus que abriu essa perspectiva, mostrando que todos nós podemos ser o Filho, desde que honesta e convictamente estejamos sintonizados com Deus.



            Jesus é visto como a Sabedoria de Deus, e em Provérbios 8,22-31 lemos o que foi escrito sob a inspiração de Deus: “O Senhor me gerou no início de suas obras, antes de ter feito coisa alguma, no princípio; desde a eternidade fui designada, desde os tempos antigos, antes que a Terra fosse feita. Ainda não havia abismos, e eu já fora concebida, quando ainda não havia os mananciais das águas: antes que fossem plantadas as montanhas, antes das colinas, eu fui dada à luz. Ele ainda não havia feito a terra e os campos, nem os primeiros elementos do orbe terrestre. Quando preparava os céus, ali eu estava, quando, por uma lei inviolável, delimitava os abismos; quando firmava as nuvens lá no alto e as fontes do abismo mostravam sua violência; quando fixava ao mar os seus termos, para que as águas não transgredissem sua ordem, e lançava os fundamentos da Terra, eu estava ao seu lado como mestre de obras; eu era seu encanto, dia após dia, brincando todo o tempo, na sua presença, brincando na superfície da Terra e alegrando-me em estar com os filhos dos homens.”         



            Assim, podemos associar Jesus à Sabedoria que Deus criou como “mestre de obras” na geração de todas as suas ações, mas entendendo que todos nós, inclusive Jesus, fomos criados como espíritos simples e ignorantes, e que pelos nossos próprios esforços e convicções podemos chegar ao nível de sintonia tão alto com o Pai que nos confundimos com Ele. E isso todos nós podemos alcançar, depende da nossa capacidade de entendimento e de convicção em fazer a vontade de Deus.



Publicado por Sióstio de Lapa em 15/06/2022 às 05h58


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr