Meu Diário
11/06/2022 00h01
DEUS COMIGO

            O Pai vive comigo, e isso não é uma metáfora. Ele está em minhas solidões, meus erros, minhas alegrias, minhas lágrimas, minhas ansiedades minhas doenças, minhas dúvidas, meus ódios, minhas humilhações, minhas riquezas, minhas pobrezas, minha ignorância, minha covardia, minha coragem, minha generosidade, ou no meu serviço aos outros.



            Ele não está capacitado para o mal, mesmo que permita os erros do meu livre arbítrio, estando eu consciente ou inconsciente do que estou fazendo. Seu conhecimento das coisas é absoluto e preexistencial, mas nada substitui a experiência direta, dEle dentro de mim.



            Isso é o que o Pai faz: desce até o mais baixo, e vive por Si mesmo, cada aventura na matéria. Ele está comigo quase desde o princípio da minha existência, em silêncio. Ele me dá de presente a imortalidade, e eu, em troca O ajudo a experimentar diretamente.



            Entendo que isso é um ato de humildade. Deus, o maior, cresce em direção ao homem, o menor, e este cresce em direção ao Criador. Ambos nos beneficiamos.



            Se Deus não habitasse conosco, nós, a humanidade retrocederíamos. Da noite para o dia perderíamos a necessidade de experimentar a beleza, a generosidade e a bondade. Tudo isso me foi dado na relação com o mundo, pela presença do Pai em mim. Esta é a função da Centelha Divina.



            A beleza está em mim, fisicamente, embora não tenha consciência disso. Tenho uma falsa interpretação das rugas que aparecem na minha pele, das funções fisiológicas que atrofiam com a idade. A intuição é que me traz flashes dessa condição e apenas pela fé tenho a certeza da Sua existência. E assim será para sempre, caminhando neste processo evolutivo até o momento de estar plenamente na graça de Deus.



            Por ter esta compreensão, eu me abandono à vontade do Pai, como um instrumento nas Suas mãos. Ele fará o que precisa ser feito. Eu aceito que sou seu filho e que nada mudará essa realidade presente.



            A Centelha trabalhará dentro de mim e perceberei a mudança que ocorrerá dentro de mim, como já está acontecendo. O medo desaparece. A covardia, a angústia da vida na matéria, não têm sentido. A dor e o sofrimento chegarão, mas não me derrubarão. A velhice não está me assustando. Nada poderá me atemorizar, me sinto livre, me sinto no caminho do Reino de Deus.



            Estas minhas percepções que surgem nos momentos de reflexão, são indicativos da tendência da minha mente, da minha alma, sustentadas pela coerência da fé raciocinada. Tento praticar agora o que entendo ser necessário e espero que esteja na caminhada que minha fé aponta como a correta, com a destinação de minha vida, assim como deve ser com toda a humanidade, por isso a importância dessa comunicação explicando tudo isso, como o mestre Jesus veio fazer entre nós.



             



Publicado por Sióstio de Lapa em 11/06/2022 às 00h01


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr