Meu Diário
19/05/2022 00h01
A ÚLTIMA CRUZADA (13) – TERRA PROMETIDA

            Vou fazer este trabalho de resgate da nossa História, transferindo para este espaço o documentário produzido pela Brasil Paralelo, publicado em 20 de setembro de 2017, com a participação de diversos convidados que colocam suas opiniões, como forma de contribuir para o burilamento de nossas consciências quanto a Verdade.



            Uma segunda grande armada foi enviada à Índia, dessa vez com 13 navios e 1500 homens liderado por Pedro Álvares Cabral. Ele era grão-mestre da Ordem de Cristo, e um nobre de relacionamento fiel à coroa. Era descrito como de boa cultura, prudente e tolerante com os inimigos. No dia anterior à partida, a tripulação recebeu uma despedida pública que incluía uma missa e comemorações com a presença do rei, a corte e uma enorme multidão.



            Sua frota afastou-se da costa africana até desembarcar no que chamara “Porto Seguro”. Pensavam que era uma ilha e deu-lhe o nome de Vera Cruz.



            Cabral tendo percebido que a nova terra estava a leste da linha de Tordesilhas, logo enviou um emissário à Portugal com a importante notícia.



            Alguns historiadores defendem que os portugueses já sabiam da existência da América do Sul. Por isso o desvio da rota feito por Cabral e a insistência do rei Dom João II para mover para oeste a linha de Tordesilhas.



            Outros defendem que o objetivo desta aventura era estabelecer relações comerciais com a Índia, e que o desvio se dava devido as necessidades de navegação, fazendo da descoberta algo acidental.



            Mas na lógica portuguesa, e isto nós vemos na carta de Pero Vaz de Caminha, não existe nenhuma casualidade quando você acredita na providência. Então isto é um debate menor, no sentido português daquela época. Porque a fé portuguesa, para um católico tradicional, ele não está se preocupando se chegou sem querer ou por querer. Ele acredita que há uma razão, e aquela razão era missionária. Estes elementos já encontramos na primeira carta, a certidão de batismo, como podemos colocar, que foi a carta de Pero Vaz de Caminha.



            Como é que um povo que na Idade Média, lutou durante oito séculos com o inimigo islâmico, agora se tornaram mercadores?  Só querer realizar comércio? Isso não faz sentido.



            Essa história mal contada de que os portugueses saem só para encontrar especiarias e para ter um melhor acesso às rotas comerciais, não tem justificativa de modo algum. É uma completa ignorância do que era Portugal. O que era o mundo medieval. O mundo medieval é um mundo de grandes guerreiros. Você não se lança num pequeno barco através do oceano desconhecido para encontrar um pau-brasa vermelhinho. Não é isso! Eles foram atrás da Terra Prometida, a Terra Abençoada.



            Essas informações batem com as informações vindas do mundo espiritual de que o Brasil foi escolhido pelo Cristo para ser transplantada a árvore do Evangelho. Aquelas caravelas, todas com a cruz em suas velas, símbolo do Cristianismo, e como ato oficial naquela terra recém-descoberta, uma primeira missa, mostram um simbolismo que sintoniza mais o mundo espiritual sob o comando do Cristo, do que o mundano sob o domínio do Behemoth.



Publicado por Sióstio de Lapa em 19/05/2022 às 00h01


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr