Meu Diário
15/01/2022 07h20
SÉCULO 21 (02) – LIÇÕES A ENSINAR

            Encontrei o pensamento de Yuval Noah Harari mesmo depois de ter adquirido os seus três livros, bastante difundidos no mundo. O autor nasceu em 1976, em Israel, Ph.D. em história pela Universidade de Oxford, é atualmente professor na Universidade Hebraica de Jerusalém. Considerei bastante relevante após ouvir os dois primeiros livros, Sapiens e Homo Deus. Resolvi ler este terceiro livro, 21 Lições para o Século 21, e fazer a exegese por trechos sequenciais. por considerar existir uma falta de consideração com a dimensão espiritual, indispensável para as conclusões que são tomadas em todos os ângulos em investigação histórica. Convido meus leitores especiais a caminhar comigo nesta nova maratona racional onde pego carona com o brilhante intelecto do autor Yuval.



Como historiador, não posso dar as pessoas alimento ou roupas – mas posso tentar oferecer alguma clareza, ajudando assim a equilibrar o jogo global. Se isso capacitar pelo menos mais um punhado de pessoas a participar do debate sobre o futuro de nossa espécie, terei realizado minha tarefa.



Meu primeiro livro, Sapiens, investigou o passado humano, examinando como um macaco insignificante dominou a Terra.



Homo Deus, meu segundo livro, explorou o futuro da vida a longo prazo, comtemplando como os humanos finalmente se tornarão deuses, e qual pode ser o destino final da inteligência e da consciência.



Neste livro quero examinar mais de perto o aqui e agora. Meu foco está nas questões atuais e no futuro imediato das sociedades humanas. O que está acontecendo neste momento? Quais são os maiores desafios e escolhas de hoje? Qual deve ser o foco de nossa atenção? O que devemos ensinar a nossos filhos?



Claro, 7 bilhões de pessoas tem 7 bilhões de agendas, e, como já observado, pensar num contexto geral é um luxo relativamente raro. Uma mãe solteira lutando para criar dois filhos numa favela em Mumbai está preocupada com a próxima refeição; refugiados num barco no meio do Mediterrâneo perscrutam o horizonte em busca de qualquer sinal de terra; e um homem que está morrendo num hospital superlotado em Londres reúne todas as forças para respirar mais uma vez. Todos têm problemas muito mais urgentes do que o aquecimento global ou a crise da democracia liberal. Nenhum livro pode dar conta de todas as angústias existenciais, e não tenho lições a ensinar às pessoas que estão nas situações que descrevi. Posso apenas esperar aprender com elas.



Quando estamos integrados ao mundo espiritual podemos dar lições e ensinar às pessoas que estão nas condições citadas. O gerente de nosso corpo material é a fagulha energética, o espírito criado por Deus na condição de simples e ignorante, com o objetivo de evoluir na interação com a matéria. A evolução será processada nas duas dimensões, a material que é bem estudada tanto no aspecto físico quanto no biológico, e na dimensão espiritual se verifica a evolução moral. Nossos erros praticados na dimensão material, que são vários e frequentes, necessitam de correção constante pelo processo da reencarnação. Dessa forma, essas pessoas que sofrem nos diversos pontos do planeta estão pagando dívidas contraídas contra a ética e a moral, e muitas vezes cometendo outras. Esse vai-e-vem de almas que encarnam e reencarnam, que embarcam e reembarcam no mundo material, não podem deixar de prestar contas no mundo espiritual, mesmo que tenham escapado de todas as leis humanas que tentam disciplinar a ética. Essa justiça divina observa aqui e lá é o que garante o processo evolutivo harmônico em direção à perfeição e evita que caiamos no caos da barbárie e da autodestruição definitiva.



Publicado por Sióstio de Lapa em 15/01/2022 às 07h20


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr