Sou simpatizante do capitalismo e do livre mercado. Acredito que o governo deve funcionar para garantir o livre comércio dentro de um sistema capitalismo, criando leis que impeçam o potencial de selvageria que o capitalismo pode assumir e prejudicar o indivíduo em favor das grandes corporações financeiras.
Quando o capitalismo consegue ultrapassar esse freio, quando consegue por meio do poder financeiro dominar o legislativo e criar leis que facilitem a drenagem dos recursos para seus operadores institucionais, drenando lucros cada vez maiores para o topo em detrimento da massa dos trabalhadores, observamos o surgimento cada vez mais frequente e profundo das mazelas sociais que criam desejos de mudança radical no sistema de governo, como a substituição da democracia pelo socialismo ou comunismo, com seu potencial ditatorial e engessamento à posteriori da própria democracia.
As grandes empresas colocam no poder legislativo pessoas que defendam os seus interesses, participam de lobbies para garantir que leis protecionistas para os seus lucros sejam aprovadas, e isso leva a queda constante do poder aquisitivo da população e queda na qualidade de vida.
O segredo para isso acontecer está à vista de todos: a doação para as campanhas políticas. Todos os eleitos com base nessas doações, ficam comprometidas a defenderem os interesses das companhias que os patrocinarem, que doaram recursos para doações ou pagamentos aos eleitores nos momentos das eleições. O eleitor, geralmente ignorante desse compromisso que está formado entre candidato e patrocinador da campanha, recebe de forma indireta, através do candidato, o dinheiro da corporação financeira, para mais tarde sentir os efeitos das leis que produzem o degaste cada vez maior no seu poder aquisitivo. Por outro lado, a empresa resgata com uma margem de lucro bem maior todo o investimento que fez na campanha política.
Todo o recurso financeiro é colocado à disposição desses candidatos comprometidos com as empresas, e que financiam também os institutos de pesquisa e órgãos da imprensa que se deixam manipular, com a função de criar um cenário favorável aquele político que se deseja eleger.
Temos por exemplo o desastre brasileiro, onde um partido de viés socialista assumiu o poder, distribuiu dinheiro para comprar a consciência da massa carente e ignorante e também dos doutores das universidades e das altas câmaras do parlamento e da justiça. Esse dinheiro tanto podia ser distribuído com bases legalistas dentro de um sistema corrompido sem poder de crítica, como através das empresas que pagavam altas propinas em troca de vultosos contratos públicos.
Onde estaria o capitalismo num sistema dessa natureza? Totalmente destroçado, onde as empresas sérias procuravam fugir desse ambiente nocivo, e a população pagando no bolso o peso da inflação, do desemprego da insegurança, tanto física quanto financeira.
É importante que o povo seja educado, do mais simples ao mais laureado, que todo benefício financeiro adquirido de forma gratuita por políticos comprometidos com empresas, com o poder financeiro, sempre terá por trás o suor e sangue do trabalho dos milhões de contribuintes. Isto está contra a ética, principalmente a ética evangélica, da qual a maioria dos cidadãos, em todos os níveis, se dizem cristãos.