Tal como existem as ondas do mar que representam um imenso aglutinado de água, existem também ao nosso redor um aglutinado de energias com ondas que não podemos perceber com os nossos receptores orgânicos, mas que podemos sentir e ser influenciados materialmente, comportalmente por elas, e ser por elas intuídos no coração.
Essas ondas energéticas nas quais estamos mergulhados podem ser de duas naturezas: divina ou mundana. Das energias divinas eu falei ontem neste diário. São as virtudes originadas do Criador, cheias de justiça e harmonia e que favorecem a fraternidade entre os seres e com elas a humanidade pode construir o Reino de Deus. As energias mundanas são originadas dos trilhões de células que cada ser humano possui e que lutam dentro da natureza material pela sobrevivência biológica. São os vícios e defeitos de caráter que impregna o caráter da pessoa e o distancia cada vez mais da energia divina, interfere com o processo de evolução espiritual, mesmo que aparentemente favoreça o processo de evolução material.
Sempre procuro estar sintonizado com as ondas divinas, mesmo sabendo dos meus inúmeros defeitos e que atrapalham esse meu desiderato. Porém ontem, entrei numa marola de ondas mundanas e que mesmo mantendo a sintonia com as ondas divinas, fui totalmente envolvido por ondas contrárias as virtudes. Eram ondas carregadas de egoísmo, intolerância, ciúme, raiva, exclusivismo... Procurei manter a minha sintonia com as ondas do amor, tolerância, paz, compreensão, fraternidade... Procurei manter sob controle as minhas próprias ondas negativas de vícios e defeitos.
Assim passei a maior parte do dia dentro desse imbróglio e mesmo que eu não tenha sido nocauteado, que tenha perdido a minha sintonia com o divino, sinto que me afastei um pouco do Pai, simplesmente por ter sentido com mais intensidade essas energias negativas em volta da minha alma. Não consegui fazer a publicação do texto de ontem, não consegui ir hoje à hidroginástica, os pensamentos estão desarrumados para a condução comportamental do dia de hoje.
Como fazer o retorno à proximidade do Pai? A oração, o trabalho, o jejum, são formas que tenho para construir isso. Mas, parece que fiquei contaminado por essas energias negativas tal qual Adão ficou ao comer com sua parceira a fruta proibida. Não é que eu tenha ingerido qualquer “fruta proibida”, minha consciência não me acusa de nenhum ato ilícito frente a Lei de Deus. Pelo contrário, fiz tudo de acordo com a Lei dEle, disso tenho certeza, mas o envolvimento das ondas negativas chegaram perto, muito perto da minha alma. Talvez no fim desse dia eu tenha perdido a minha capacidade de compaixão pela fraqueza do próximo e tenha reagindo de forma presunçosa, orgulhosa, vaidosa... talvez seja esse “senão” que está me deixando no momento acabrunhado, com sensação de derrota. Talvez seja essa “porcaria consciencial” decorrente da luta entre o bem e o mal que está manchando toda minha “veste nupcial” pela qual eu deveria estar de frente ao Pai.
Bom, tudo que foi feito, foi feito, está no passado. Mesmo que sobre mim repercuta os efeitos posteriores da minha incipiente sabedoria, dos atos que fiz ou deixei de fazer ontem, devo recebê-los hoje como frutos do que semeei ontem. Então sei o que devo fazer hoje, com oração, trabalho e jejum, até voltar a sintonia consciencial com o Pai. A minha primeira oração ao Pai é pedir para Ele forças e sabedoria para eu colocar em prática as ações que serão necessária para a minha limpeza consciencial e voltar sem vergonha ao Seu aconchego.